12 de novembro de 2012

Brisa Cansada

É uma brisa cansada a que me embala.
Sussurra-me tranquilidade,
Desejos fugazes, 
Futuros vazios.

É simpática e abraço-a,
Enquanto te abraço a ti,
Enquanto viajo ao longe
Nos barcos aventureiros
Que cruzam um infinito desconhecido.
Oscilam como pirilampos
Numa selva de desordens invertidas,
Instintos domados
E reflexos planeados.

A luta incessa dá-se estrondosa mas
Não me interessa.
Cansado como a brisa,
Cedo, estou à vontade.
Desaventuro-me noutros mares.
E encontro-te na escuridão do meu olhar,
Onde combinamos sempre.

Juntas-te a mim e à brisa,
Cansada também,
Na tarde calma, sem fim.
Trocamos agora desejos que já são capazes
E futuros que se tornam repletos.

A selva perdura... mas não importa.
O meu abraço já é só teu.

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