16 de dezembro de 2008

Pensamento #10

O desleixo é interessante,
O desinteresse alheio,
Que ignora o Importante!
Que desconsidera, em si chocante!

Sem mágoa no semblante,
É assim o interesse alheio...
É assim, preocupante...

Indecisão

Perdido e desencontrado,
Na sua ilha trespassado.
Indeciso e sem questão,
Na duvida e com razão...

Inocente no cartório,
Diferente, e é notório.
Incapaz nas questões, nas acções,
Com medo, pelas ilusões...

É-o, o que sempre serei,
Jovem. Feliz. Despreocupado.
É-o, na pele que enverguei...

Foi outrora o visado,
Perdido. Distante. E enganei...
Foi, outrora, preocupado.

O Ritmo cresce, violento...

O ritmo cresce, violento,
Calmo, Suave...
Inquieto e desatento,
em desalento,
Lá vai ele na sua nave...

Incessante...
Assim regula, ele a vida.
Vai mudando seu semblante,
Pelo mundo ambulante,
La vai na frase sentida...

Vai, veloz!
Mais rápido, cada vez mais.
Não para, segue por nós,
Não se cala sua voz,
Não, nunca mais!

Vai! Vai! Vai!
E não para!
Sem o medo que distrai!
Não para!...Até que cai...
Não luta mais...diz sua cara...

Não luta, Não sente, Não fala sua voz!
Um dia D em todos nós...

Mudou-me...

Mudou-me...
E mudei assim.
Tocou-me...
E senti assim.
Chorou-me...
E fê-lo por mim.
Deixou-me...
Não mais tocou em mim.

Deseja-me...

20 de novembro de 2008

Pensamento #9

Inspirador...
Decidido e de certeza,
Visionário e coordenador.
Uma surpresa,
Finita e em beleza...
Da Vida. Do planeta. Do labor...

Iniciação

Violência dizem alguns.
Violação, outros tantos.
Tradições de mundos nenhuns,
Sofrimento e desencantos...

Enganados, penso eu.
Ofuscado, o mundo não esqueceu,
Os delitos de poucos generalizados,
Muitos, grandes discriminados...

É a celebração idiota,
Do mundo jovem, da despreocupação.
É a diversão e o traje janota,
É a primeira recordação.

Mas é a felicidade,
É a alegria e a diversão...
É ficar "bêbado" pela faculdade!
O esquecer, o descansar, o perdoar o mundo cão!

Ainda bem que existem!

3 de novembro de 2008

Pensamento #8

Santos? Não os há...
Herois? Poucos, e não por cá...
Só animais e velhos imundos,
Só zeros, e medos profundos...

É pena...hoje passa-me ao lado...

30 de outubro de 2008

Fascínio

O valor da idade.
No sol quente que nasce alguns dias,
Uma luz que clareia visibilidade,
Que impede noções vazias...

Um sonho inquieto.
Que respira insanidade,
Vivo, impossível, discreto,
Desprovido de equidade...

Inviolável como nada.
É inocente como tudo,
A voz inesperada,
Desarmada...
Invoca em si o grito mudo.

Ou será que não?

27 de outubro de 2008

Pensamento #7

Prefiro guardar escondido,
Prefiro defender meu ideal.
Ser justo comigo,
Ser verdadeiro como consigo,
Noutra altura, Noutro local...

Para escrever condicionado,
Prefiro não escrever...

26 de outubro de 2008

Pensamento #6

Infeliz conceituado,
Deste planeta disfarçado.
Inocente nesta desilusão,
Aproxima-se a escuridão.

Ele não se deixa...

É fantástico...

É fantástico o reconhecimento,
Aquele momento...
Em que o mundo, tão bem nos vê,
Que sentimos sem saber porquê...

O admirar inocente, do trabalho escondido,
Elaborado por alguém desconhecido.
O sorrido do homem bastidor.
Felicidade efémera que não perde sabor....

Fascinante,
Aquele que o sabe mas não o sente,
Aquele que não o ouve pessoalmente,
Aquele que esconde sem querer
Humilde? Sempre a perder!

Quero sê-lo!
O interiorizar será que o consigo?

11 de outubro de 2008

Mentiras...

"Mentiras...
Não passam de mentiras."
Assim diz a voz do povo
Angustiada. Nada de novo.

São agora e foram antes,
Antepassados nada distantes,
Invejados pelas qualidades,
Esquecidas suas maldades.

Somos assim tão limitados?
Tão esquecidos? Tão enganados?
Assim tão básicos e manipuláveis,
Que vemos gigantes inabaláveis?

Falta-nos inteligência...

28 de setembro de 2008

Pensamento #5

Ruíu o que pensava, acabou. 
Escureceu, abandonou. Adormeceu e congelou...
Fingiu tudo, não fingiu nada,
Vicio estranho: Conto de fadas,

É domingo,
Quente e resguardado,
O céu chora do outro lado...

20 de setembro de 2008

O meu Ser

Intitulei-me de poeta,
Há dias que o fiz...
Serei mesmo "Poeta",
na forma que o mundo diz,
pela forma, pelo jeito, pela meta,
pelo que fiz?

"...o poeta sou eu.", saiu-me,
Com arrogancia e confiança,
Descentrada na balança...
Saiu-me...

Irá sair novamente?
De que forma? Inconsciente? Inocente?
Não sei se o quero, ou se o mereço,
Não sei se o espero, ou se me reconheço.

Mas saiu-me...
Um dia saberei.

8 de setembro de 2008

Meu paraíso!

Desfalece...

Vai apodrecendo lentamente,
O paraíso existente na terra
dos antigos, vencedores de guerra.
Vencedores esquecidos, certamente.

Um monstro consome-o.
Envolve-o...
Dilacera tudo lentamente!
Transforma o belo em indiferente...

Vem acontecendo à anos...
Todos constatam, e sem enganos.
"Isto no futuro vai acabar!"
Mas a inércia insiste em perdurar...

Belas montanhas de areia, destruídas!
Casas afundadas...
Seres lendarios, consumidos,
Mundos que só revividos...

E desfalece.
Para minha tristeza, desfalece.
Pela inércia, Ela desfalece...

Pensamento #4

Pensei em ti, em mim,
Em nós e tudo mais,
Nos pormenores fundamentais!
No teu fundo doce e de jasmim.
No mundo incerto que tens para mim.

Cativas-me!

12 de agosto de 2008

Ilude-me o poder...

Ilude-me o poder...
A capacidade...
Ilude-me a verdade,
O que julgo saber.

Desconheço se sou capaz,
Se o destino me apraz...
Se foi feliz ou furtivo em vão,
Sopro meu, da escuridão.

Tenho de continuar...

11 de agosto de 2008

O Momento

O Momento,
Já foi...

Demorei...mas percebi,
Que o momento ficou para trás.
Que o perdi...
Que longe jaz...

Mundo sonhador este...
Que ignora males e medos,
Que trespassaste com teus torpedos!
Foi o mundo que me leste...

São inúmeras as duvidas e interrogações,
Inúmeros os pensamentos e hesitações,
Discretos, desafectos deste ambiente...
Permissivos do inocente...

Ou será que não,
Que é mole demais este coração?
Que existe culpa a atribuir...
Que existiu cobaia para te servir?

O momento certo...esse já passou.
Já foi.


Boas Férias, o Pensamento de Escape volta em Setembro, com material novo certamente.
"Stay Tunned"

Pensamento #3

Temor eterno que saboreei,
Que encontrei e que vivi,
Que julguei e percebi
Finalmente, e que senti...
Ó se senti...

Passou.
Mais ninguém...

15 de julho de 2008

Pensamento #2

Alguém me explica estes sujeitos?
Estes nomes, estes conceitos?
Este sentido, patenteado por nós...
Evolução...Instinto, é essa a nossa voz.

Intelectuais presos a imposições.

9 de julho de 2008

Pensamento #1

Escrevinhei o céu e o mundo, só para ti
A terra numa paisagem abismal,
Vivi contigo, e em ti me senti
Com sonho eterno. Um sonho igual.


(Uma nova ideia...espero que gostem destes meus "pensamentos")

6 de julho de 2008

Processo Criativo

Fujo. Escondo-me...
Não quero já este fluxo de pensamentos,
Todos estes momentos e sentimentos.

Toda esta velocidade...
Não a controlo. Peço que espere,
Só um bocado... Peço que espere...

Peço tempo para me organizar.
Para fixar o mundo, e num lugar...
Tempo para pensar e reflectir...
Intelectualizar o que sentir!

Quero espaço para pegar suavemente,
Para escrever com o Consciente!
Para ver de olhos fechados!
Sonhos efémeros, sempre apagados...

"Espera! Peço-te, por favor espera!"
Um Grito, p'ra minha mente. Uma fera.
Lá em cima? Só sombra! Só silhueta...
No coração? Seguro minha caneta.

Calmamente... sem ti, sem eles, sem voz...
E escrevo!

30 de maio de 2008

Uma Semana...

...

O melhor, a alegria!
Um fantasma que já pedia
o seu momento junto a mim,
Verdade era que não queria assim.

Queria mais e todo o dia,
Repleto de fantasia,
De magia e de paixão...
Amor Eterno. Revelação.

É o creme de tanto doce...
Apaga e disfarça. O mal que fosse.
Em todo o momento convida,
Com razão exalta a vida.

...

Inconsequente...
É o trabalho do dia vigente,
É verdadeira a apatia,
Tanta. Profunda esta agonia...

Quero fazer mais, não consigo.
Estou preso aqui comigo.
Quero mas não deixo esta prisão...
Invisível. Escondido. Em negação...

...

Um novo dia...
Esqueci o passado.
Esqueci o que acontecia,
O que foi e parecia,
O mundo fútil revoltado.

Voltei para a paixão.
Apaixonei-me, e sabe bem dizê-lo,
Abri meu mundo e dei a mão,
Abri meu coração...
Sim...voltei a fazê-lo...

Foi pelo sorriso inocente,
Pelo paraíso desconhecido....
A atitude inconsequente,
Irreflectida e indecente,
O inferno imerecido...

...

Continuo a perder-me, nestes momentos,
Que faço nestas horas, tão vagas de sentimentos.
Tão estúpidas e inúteis,
Tão longas e tão fúteis,
Tão breves cumprimentos, Tão breves pensamentos.

Quero mudar a forma do meu saber,
A forma como aprendo, a fundo quero ver.
Quero conhecer, quero sentir,
Quero falar, quero ouvir,
Quero mudar e não perder, Quero viver e perceber...

...

Quarta feira dia eterno...
Dia de luta no mundo moderno.
De aprendizagem e conquista,
Do inferno terrorista...

Dia de grandes revelações...
O mundo mexe. Quebra corações.
Dia de inflexibilidade e mudança...
O mundo fixo. Nunca se cansa!

É infeliz e é bem disposto...
É sozinho e sobreposto.
De lágrimas incontinente
De choro e riso. Ei-lo inocente!

É simples...malvado como tudo,
Mudo...Sim, Mudo!
Ruidoso e Abandonado,
Filosófico e Complicado...
...

Hoje fui testado...
Duplamente. Fui testado.
Posto, perante o juízo da multidão,
Com o mundo em mim, meu coração na mão.

Passei por cima, ascendi,
Perdi meus medos e cresci!
Aprendi e não sorri em vão,
Saí do fundo, venci...
Venci o medo da desilusão!

...

É sexta-feira.
Sozinho aqui...
Perdido de tal maneira,
É mesmo sexta-feira,
Esqueci e já sorri!

Penso em objectivos,
Em mundos e consequências...
Em ti e negativos,
Aspectos positivos.
Que procuro nestas ciências.

De Portugal para o mundo,
Não quero nem penso.
Não me sinto tão imundo,
Pensando ir tão fundo,
O inverso do país. Imenso.

São sonhos e paixões.
Consequências de vidas,
De influências, de negações,
De ideias e de visões...
Verdadeiros toques de Midas!

É sexta-feira.
E é sempre assim...
Sem nunca ter sido primeira,
É mesmo sexta-feira,
E é o só para mim.

27 de maio de 2008

Foi ontem...

Foi ontem...
O mundo mudou...escureceu.
Traído pela vontade do que julguei meu
Acreditei, até ao fim,
Julguei o que não era assim,
Fiquei-me pelo caminho...
Perdi tudo em remoinho,
Que nem espiral,
Sugando o bem e não o mal...

Mas abri os olhos...tarde mas...
Abri...
Não falarei mais...

26 de maio de 2008

Acontecimento

A paixão que nos rodeia,
E o mundo, numa ameia,
O inferno e o céu, unidos,
Fracos, hesitantes e tremidos...

Voámos hoje nesse planeta,
Que nem astrónomo com cometa,
Avistámos inocência,
Amor e sexo. Inconsequência.

Foi hoje esse senão.
Ligaste. Fugi que nem cão.
Senti-te finalmente.
Tremi e disse não. Serei doente?

Espero-te amanhã,
Perto desta estrela, anã,
Gigante junto a nós,
Desencontros. Eternamente sós.

Espero que sim!
E grito-o bem alto, assim,
Voo bem alto, bem mais
leve, eliminando os demais.

26 de abril de 2008

Aquilo que escrevo...

Aquilo que escrevo, aquilo que digo,
Aquilo que vejo, aquilo que vivo...

São lágrimas...do povo que nos fez.
São lágrimas, que choro mais uma vez.

Um povo orgulhoso e bem parecido,
Num mundo louco e desconhecido,
Partiu corajoso, em descoberta!
De ouro e fama, de guerra aberta.

Perdeu, e desgostoso voltou...
Re-ergueu-se das cinzas e despertou.
Amou, sofreu, falhou e renasceu,
Inspirou-se, viu o mundo e cresceu!

E continua...numa metáfora alucinante,
Desejoso do fim, sempre inconstante.
Olhou para trás e para o passado...
Reviu-se...nesse grande país do Fado.

5 de março de 2008

Só para mim

Onde estou?
Não me revejo...
Neste mundo, almejo
Pessoa que já não sou...

Realizado? De momento
Talvez, mas sem razão.
Não quero compaixão,
Arrisco-me no sentimento.

Saltito para o vazio, não
sabendo o que me espera,
o que me atira o mundo bera
em que vivo, satisfação...

Quero a cura, o fim
Da dor que me impede,
Do dom que me concede
O Universo, só para mim...

Este é só para mim...

27 de fevereiro de 2008

Produtividade

A minha produtividade espanta-me,
Surge nestes momentos, encanta-me,
Sem convite preciso,
Sem sinal e sem aviso.

Para me salvar,
Para do mundo me libertar,
Para me perder no seu encanto,
Noutro planeta, noutro recanto,
Surge sem ser desejada,
Mas oportuna e dotada,
Aproveitado o som que não a chama,
E o mundo que a não reclama...

Salva-me do inútil,
Do parvo e do fútil.
Salva-me das poucas linhas de valor são,
Devolve-me sentido, cabeça, atenção,
É a voz da minha razão...

E da verdade...
É o sim...a minha produtividade.

22 de fevereiro de 2008

Comum

Sai cedo, quando amanhece,
Abandona o leito, que o fortalece.
Parte à conquista, do mundo exterior,
Vence o fantasma...o medo da dor.

Cresce deitado,
Feliz. Despreocupado,
Cresce em vão,
Sem saber e sem razão.

Mas cresce, e vence agora,
Esse passado, futuro de outrora...
Momento distante, inesquecido,
Visão perpétua que teria sido...

É ainda novo,
Este aqui, herói do povo,
Não um qualquer, um herói mental!
Um herói da vida real...

Luta agora contra a rotina,
Que o sufoca, que o guilhotina.
Obstáculo vil, da vida laboral,
Um fantasma sentimental...

Abraça a vida com leviandade,
De quem não quer, de quem de idade,
Vive o mundo desencontrado
Em mente, um corpo reformado.

Parece perdido, vivendo em vão,
Procura o sonho do coração,
Encontra o futuro, em veludo,
Sente o calor de um beijo mudo.

Vive o momento, entrelaçado,
Ele é feliz. Apaixonado.
É um qualquer, um herói mental!
Um herói da vida real!

11/02/2008

6 de janeiro de 2008

6 de Janeiro

É engraçado saber o que sinto,
É engraçado saber que o sei,
É engraçado porque me minto,
Finjo não saber aquilo que dei...

É assustador concluir isto,
É mais ainda saber que o fiz,
É porque o sentimento é misto,
Fi-lo porque assim o quis...

Minhas razões, só eu as sei,
Fundamentos nem sei se os tenho,
Sei que em ti perdi, e a ti me deixei...

Apesar de tudo em mim retenho,
A felicidade que resgatei,
É ela que recordo, É ela que contenho...

Passaram meses...
Hoje sou eu de novo...