14 de fevereiro de 2011

O Bom Passeio

São os de sempre, os companheiros,
Extensões do meu ser,
Veículos tão passageiros...
Como o ritmo que me faz escrever.

Por caminhos familiares,
Entre becos, ruas e avenidas...
Admiro sons, que invulgares,
Substituem vozes conhecidas.

São focos de murmúrio, pequenos,
Que pintam hoje a cidade inquieta,
Alta, esbelta, imponente...hoje é menos...
Hoje é rapariga tímida de voz discreta.

A cor, o cheiro...sobressaem!
Uma outra vida na sua ausência.
Dançam nas ruas os traços que decaem,
A Natureza, a História: Omnipotência!

As horas, a brisa, as vozes....as pessoas.
Caminham mais lentamente...
Serão os mesmos ou o tempo cansou-as?
Ou serei eu que estou diferente?

Foi numa tarde de Domingo...

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