19 de junho de 2009

Apanhou-me...

Apanhou-me...
Desprevenido. Apanhou-me,
Consumiu que nem fogo infernal,
Vontade intensa,
Sonho sem igual,
Vontade densa vontade tal,
Misto de loucura,
Misto este de raiva a mal...

Tomou-me de assalto na noite bela,
Traumatizada,
Desafogada,
Inquieta mas sossegada.
Pegou em mim e agradeci,
Agradeci a voz magoada,
O sonho da madrugada,
A força viva na pena lascada.
Agradeci a inspiração,
A musa que me suspirou ao coração...
A musa intocada,
Imperfeita,
Infeliz...

A musa que eu sempre quis!

Pegou em mim e agradeci...
Toquei as teclas deste piano,
Naveguei todo este longo oceano...
Escrevi sem parar, sem pensar, sonho humano!
Escrevi para mim. Vivi.
Escrevi, virei, risquei....
Reescrevi, apaguei mudei...
Sempre sem parar...Sempre sem pensar!
Com mundo a acelerar!

Vibrei com os objectos mundanos,
Sons e imagens quotidianos.
Vibrei com poetas e canções,
Vibrei com o louvor humano,
Libertei amor, parti corações...

Pegou em mim e agradeci,
Soltou-me, Libertou-me, e não esqueci.
Agradeci porque com amor,
Agradeci porque com saudade,
Com carinho,
Razão,
Ardor,
Agradeci porque escrevi!

1 comentário:

Miguel Ferreira disse...

quem é que te apanhou desprevenido?

tem cuidadinho rapaz